Histórico

Meu nome é Leo Ceolin e nasci em Buenos Aires, em 1971. Minha jornada com materiais começou aos 16 anos, quando comecei a trabalhar como serralheiro na empresa metalúrgica da minha família. Lá, aprendi e utilizei várias técnicas de corte, dobra, prensa, solda, pintura e montagem.

Formei-me em design Industrial pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Buenos Aires. Durante meus estudos, tive a oportunidade de conhecer o escultor Ricardo Marcenaro, que me ensinou a esculpir em madeira usando motosserra. Juntos, desenvolvemos peças únicas de mobiliário com uma abordagem escultural.

Em 2001, cheguei ao Brasil e participei do NoTech Design, grupo formado durante uma oficina com os irmãos Campana no MUBE. Trabalhei com o grupo em exposições dentro e fora do país. Como designer criei a Tchapa, uma marca de peças de mobiliário com forte influências da indústria metalúrgica, explorando as relações entre processos analógicos e digitais de fabricação.

Na área de cenografia, tive a oportunidade de colaborar com Denise Stoklos na criação cenográfica dos espetáculos Calendário da Pedra e Olhos Recém-nascidos. Entre 2006 e 2012, junto com o coletivo latinoamericano  La Tintota, criamos instalações imersivas e cenários participando do Festival de Ópera de Manaus, trabalhando em produções como Sansão e Dalila e Lulú.  Esta última com direção cênica de Gustavo Tambascio recebeu o Prêmio Concerto de 2012, de melhor espetáculo lírico. Com Roberto Lage, fizemos Cachorro, uma ceno-instalação indicada ao prêmio Shell 2006. 

Na dança contemporânea, manteve parcerias criativas com Fernando Martins, criando For saleHertz e Máquina de Amnésia. E com Jorge Garcia realizamos trabalhos site specific como Caixa de Vidro e Área re-escrita, também realizamos T.AT.O. -tecidos abertos tensões opostas e Árvore do Esquecimento para o Balé da Cidade de São Paulo entre outros espetáculos

Como artista visual realizei instalações de arte pública, como Cobre Reluzente e Musas de Embu em Embu das Artes, Prelúdio e Fuga na Bienal de esculturas del Chaco na Argentina e como artista convidado do Ateliê Maria Bonomi participei das obras Epopéia Paulista Na estação da Luz e ETNIAS – do Primeiro e Sempre Brasil no Memorial da América Latina em São Paulo.

Na arte pública, recebi o Prêmio Telecom pelo trabalho Prelúdio e fuga na Bienal Internacional de Esculturas da Fundação Urunday. Realizei junto a Walmur moura e Marcello Lindgren os portais Cobre Reluzente, Musas de Embu e Embu de Barro na cidade de Embu das Artes. Fui artista convidado do Ateliê Maria Bonomi, para criar e colaborar nas instalações de arte pública permanentes, como Epopéia Paulista na integração metrô-CPTM e Etnias – O Primeiro e Sempre Brasil no Memorial da América Latina em São paulo

Entre 2014 e 2021, mantive o Galpão BASE como um espaço dedicado ao desenvolvimento de projetos que convergem a espacialidade, a arte e o design. Fiz expografias do Festival da imagem do Valongo, Paço das Artes e Festival Cultura Inglesa entre outros.Durante esse período, também estabeleci parcerias com outros criadores. 

Foi também neste período onde começou a operar uma mudança, quando percebi claramente que a maneira de criar e produzir arquiteturas efêmeras que o mercado de eventos e exposições estava realizando, estava completamente equivocada pelo desperdício e falta de consciência no design de processo e uso dos materiais. E foi durante a pandemia que eu compreendi, que o meu propósito como artista e designer é investigar os ciclos materiais desde uma perspectiva e prática regenerativa.

Hoje a minha investigação artística abrange escultura, performance e desenho, com foco nas relações entre matéria e memória. Tenho interesse em trabalhar com vestígios materiais, como metais e rejeitos, explorando o impacto da cultura do excesso na terra. 

Desde 2017, mantenho uma parceria cada vez mais afinada com a Oficina Lab espaço de ensino da cultura de fazedores e fazedoras, também chamada de cultura maker. Neste espaço ministro cursos de serralheria e Design e laboratórios de upcycling. 

A partir dessa compreensão sistêmica do nosso modo agir na terra, decidi criar El Ciclo, um laboratório de arte e design em Economia circular.Bem vindo e este espaço ativo e colaborativo em prol de uma inteligência coletiva capaz de criar uma realidade saudável e afirmativa.

Para saber mais sobre minha produção como artista visual www.leoceolin.com

Aqui embaixo alguns projetos que fazem parte deste histórico